s. m. || décima sexta letra do alfabeto português e a décima segunda das consoantes. E sempre seguida da vogal u que faz parte integrante desta letra e não forma silaba com ela, sendo preciso outra vogal para se formar a silaba. Este u em regra pronuncia-se quando a vogal seguinte é a ou o, e não se pronuncia quando a vogal é e ou i. V. u. || -, Adj. corresponde ao adjetivo numeral dezesseis. || (Fon.) Na passagem do latim para o português o q inicial subsiste em regra: quatro (quatuor), quanto (quantus), quase (quasi), questão (quaestio). Mudou-se em c (gutural) em: como (quomodo), cota (quota), cotio (quotidio), cansar (quassare), carque e carqueja (quercus); em c (sibilante), em: cinco (quínque), e cinquenta (quinquaginta); em g, em: gritar (quiritare). Medial, quase sempre se substitui por g: água (aqua), antigo (antiquus), igual (aequalis), égua (equa), etc.; às vezes também por c: escama (squama), nunca (nunquam); por z, em: cozinha (coquina), cozer (coquere); por q, em: laço (laqueus). torço (torqueo). Representa o c nas fleXões e derivações em que esta letra conserva o som gutural antes de e ou i: fique (de ficar), ataquei (de atacar), cavaquinho (de cavaco), riqueza (de rico). Quando o grupo qu... é seguido de e, ou i, não soa em geral, o u: quente, quilo. Excetua-se frequente, frequência (kuente, kuéncla), etc., caso em que sempre vai tremado. Quando qu... é seguido de a ou o, soa o u, em regra: quanto, etc. Mas quota, quotidiano e outros começam a perder o som do u (e já se escrevem cota, cotidiano, etc.). [E com qu que em português se representa o k de outras escritas, quando este está antes de e, i, que substituí também as escritas che, chi, com o valor de ke, ki, de termos latinos e gregos.]
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