(u.râ.ni:o)

sm.

1. Quím. Metal radioativo, de número atômico 92, branco, denso, físsil, us. na produção de energia e armas nucleares [Símb.: U.]

[F.: Do astrônimo Urano, + -io³. Ideia de 'urano': uran(o)- (uranografia).]

Urânio enriquecido
1 Fís.nu. Quím. Óxido de urânio, processado para ser combustível de reatores atômicos em usinas nucleares. [Fórm.: U₃ O₈.]

Urânio 235
1 Fís.nu. Quím. Isótopo leve de urânio, us. em reatores nucleares e em armas atômicas, por entrar em fissão e liberar nêutrons e energia ao ser bombardeado com nêutrons.

Urânio 238
1 Fís.nu. Quím. Isótopo estável de urânio, não passível de fissão; pode ser processado para produzir isótopo de plutônio passível de fissão.

O 0 urânio está presente entre os elementos da crosta terrestre na proporção de dois para um milhão. Foi descoberto em 1789, mas sua radioatividade só em 1896. Em 1938 descobriu-se que o núcleo do átomo do urânio se partia (fissão nuclear) quando bombardeado por nêutrons. Como essa fissão libertava nêutrons que podiam desencadear novas fissões, o físico Enrico Fermi chegou à conclusão de que poderia se desencadear uma reação em cadeia, o que foi comprovado menos de uma década depois, com a chamada bomba A, ou bomba atômica. Mais importante que o uso militar, que tende a ser condenado e banido por acordos internacionais, o urânio ganhou importância como combustível de reações nucleares que visam a produção de energia. Nessas usinas, o abundante urânio 238 é usado para dele se extrair o raro urânio 235, único tipo fissionável, que na reação libera energia. Mas o resíduo do urânio 238 se transforma em plutônio, também fissionável; ou seja, o urânio produz ao mesmo tempo energia e combustível para novas reações. Os principais países produtores de urânio são o Canadá, o Níger, o Casaqujistão, o Usbequistão, a Rússia e a Austrália.