s. f. || pó a que ficam reduzidas certas substâncias depois de queimadas: Lastravam o chão as cinzas de extinto fogo. ( J. de Alencar , Iracema , c. 5, p. 35, 8ª ed.) || Reduzir a cinzas 1. (Fig.) ou desfazer em cinzas, destruir, extinguir: Pois pode acreditar alguém que me tivesse amor vivo e eficaz, quando um fútil pretexto em cinzas lho desfaz? ( Camilo. ) || Sinal de luto, mortificação (em sentido prop. ou fig.). || Fazer penitência com o saco e cinza, sentir uma viva aflição dos seus pecados. || Humilhação, aflição, contrição: Orei, chorei e rojei-me nas cinzas da penitência e da humildade. ( R. da Silva. ) || (Ecl.) Cinza dos panos do altar ou dos ramos bentos com que o sacerdote faz uma cruz na fronte dos fiéis no primeiro dia de Quaresma. || Quarta-feira de cinza 1. o primeiro dia de Quaresma, imediato à terça-feira de carnaval. || Restos dos mortos (loc. que provém do uso que tinham os antigos de queimar os cadáveres): Roga a Jove te anime as cinzas frias. || (Fig.) A memória dos mortos: Honremos as cinzas dos nossos maiores. || Resto, despojo de uma coisa que foi destruída pelo fogo ou por coisa que lhe pode ser comparada: Uma outra Roma sai das cinzas da primeira. || Cinzas verdes 1. malaquita, carbonato verde de cobre ou verde-montanha, carbonato hidratado de cobre empregado na extração do cobre, na bijuteria, e como tinta na pintura fina. || Cinzas azuis naturais 1. azurita, azul-montanha, carbonato azulado de cobre, reduzido a pó e que serve na fabricação de papéis pintados. || Cinzas azuis artificiais 1. as fabricadas outrora em Inglaterra por um processo secreto. [Eram mais finas e apreciadas que as naturais.] || -, adj. (Bras.) que tem cor de cinza; cinzento.
F. lat. Cinis.
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