(fer.ro.vi.a)
sf.
1. Fer. Sistema formado por trilhos metálicos, que inclui outras instalações fixas e equipamentos ferroviários etc. por onde circulam trens; ESTRADA DE FERRO; VIA FÉRREA
2. Empresa responsável por este sistema
[F.: Do it. ferrovia.]
O desenvolvimento das ferrovias como meio de transporte terrestre para longas distâncias teve na invenção da locomotiva a vapor seu fator decisivo. A ideia de um transporte sobre rodas em trilhos, ou seja numa trilha fixa e desimpedida, permitindo com isso maior velocidade e segurança, dependia de uma força de tração adequada, cujos primeiros protótipos apareceram em 1681 na China, e em 1789 na França. Em 1804 na Inglaterra, uma locomotiva sobre trilhos tracionou uma carga de 10t e 70 passageiros distribuídos em 5 vagões, a 8km/h. As sucessivas versões de locomotiva a vapor de George Stephenson, entre 1814 e 1830 (quando foi inaugurada a ferrovia Manchester-Liverpool, com uma composição trafegando a 32 km/h), estabeleceram o modelo do qual evoluiu o transporte ferroviário. A grande capacidade de transporte de material e gente a grandes distâncias fez a ferrovia crescer em importância e em sistemas instalados. O aperfeiçoamento das máquinas motrizes (diesel, eletricidade etc.) e da infraestrutura (trilhos, controles, sinalização etc.) levou às ferrovias de altíssima velocidade do século XX, como o trem-bala japonês e o TGV francês, que atinge 360km/h. No Brasil, apesar de um início promissor, por iniciativa do barão de Mauá, o desenvolvimento da rede ferroviária ficou muito aquém do que se poderia esperar num país de dimensões continentais: 30.223km, dos quais metade em apenas três estados (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) e para transporte de carga. Praticamente não existe transporte ferroviário de passageiros a médias e longas distâncias, ficando restrito às linhas suburbanas e de metrô.