conto1
s. m. || (ant.) conta, número, cômputo: Besteiro do conto. [Neste sentido só se usa atualmente nas fr. ser sem conto, não ter conto, i. é., ser em grande número, não poder contar-se.] || Um milhão: Um conto de homens; um conto de réis. || (Ant.) Pequeno disco de metal que servia para calcular. || Medida de sal em Aveiro que se compõe de cinquenta rasas. || Vinte meadas de linho para o coradouro (loc. da Beira). || Medida de ovos em Lisboa, equivalente a vinte dúzias.
F. lat. Computus.
conto2
s. m. || narração, história (verdadeira ou fabulosa): Um conto tirado da crónica de D. João I; um conto de fadas. Cássio leu um conto escrito aos vinte anos. ( Samuel Maia , Dona sem Dono , p. 189, ed. 1936.) || Contos largos 1. coisa que demora muito a contar, negócio intricado, misterioso. || Privilégios de conto 1. bens doados por graça real, em que não entravam os mordomos reais. || -, pl. embustices, tretas, histórias: Lá tornas tu com os teus contos! (Castilho.) || Deixemo-nos de contos 1. vamos à verdade, sem rodeios, ou ponhamos de parte o subterfúgio, a intriga, o mexerico.
F. lat. Computus.
conto3
s. m. || extremidade inferior da lança. || Ferrão, choupa, ponteira de um pau ou bastão: E dando com o conto do bastão no sólio puro, o céu tremeu. ( Camões , Lus. , I, 37.)
F. lat. Contus.