s. m. || chifre, chavelho, pau do ar, guampa, aspa. [É termo excluído da conversação polida.] || (Zool.) Cada um dos apêndices sólidos que fazem saliência na cabeça de alguns animais, especialmente nos mamíferos e que lhes servem de arma ofensiva ou defensiva. [Os cornos podem ser de substância córnea, análoga às unhas ou cascos, como no rinoceronte; ou ossos cobertos de substância córnea, como nos bois; ou ossos cobertos de pele, e guarnecidos de pelo, como na girafa.] || (Zool.) Apêndice análogo aos cornos dos mamíferos que se veem noutros animais, como os tentáculos dos caracóis, as antenas dos insetos, o capacete córneo do casuar, etc. || Bico, ponta, parte angular ou saliente que apresentam alguns objetos: Os cornos do sacro; os cornos da cartilagem tireóidea; os cornos do osso hióideo. || Cornos do exército 1. (ant.) as alas. || As pontas do crescente lunar. || (Pieb.) Marido a quem a mulher é infiel: Diz-se O rei chama nomes ao Arroio, o Arroio chama-lhe corno. ( Raul Brandão , Memórias , I, p. 105, 3ª ed.) [Também dizem galheiro e galhudo (Bras.)] . || (Bras., Nordeste) Menino travesso ou manhoso; corneta. || (Pleb.) Pôr (os) cornos, ser infiel um cônjuge ao outro; cornear: Nós porventura temos culpa de que as alfamistas nos ponham cornos? (D. Franc.º Manuel, Feira dos Anexins, III, 5, p. 241, 2ª ed.) || Pôr alguém nos cornos da Lua, (fig.) exaltá-lo, gabá-lo demasiadamente. || Agarrar a cabra pelos cornos 1. (fig.) atacar de frente uma dificuldade. || Deitar os cornos de fora 1. tomar liberdade, atrever-se. || O corno da abundância, a cornucópia. || Cavalo de cornos no ar 1. cavalo que anda despapado (por falta de ensino, peso do freio, etc.).
F. lat. Cornu.
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