s. f. || (náut.) a extremidade de avante de um navio, oposta à popa; a que primeiro corta as águas quando o navio segue. || Parte de um navio compreendida entre a roda de proa e o meio do seu comprimento. || (Fig.) A parte anterior de qualquer coisa. || (Fíg.) Soberba, presunção: orgulho, entono, vaidade - É rica, mas não tem proa... - comentava a Chica lavadeira, a quem Laurinda, de passagem, apertara a mão, indagando por um filho aleijado. ( Mário Sete , João Inácio , p. 31, ed. 1928.) || Figura de proa. V. figura. || Levar a proa 1. guiá-la, endireitá-la; vogar direito a certo ponto: As venturosas naus levando a proa para onde a natureza tinha posta a meta austrína. (Camões.) || Pôr proa a alguma dificuldade 1. não se arrecear dela, tentar vencê-la. Pôr proa a algum negócio, dispor tudo para o levar a cabo. || Pôr a proa em 1. aproar a, navegar ou fazer seguir o barco em direção a: Mandou sair a armada com ordem que todos pusessem a proa em Dto. (J. Fr. de Andrade.) || Ter alguém pela proa 1. (fíg.), ter alguém pela frente ou contra si. || -, s. m. (Nazaré) pescador, que trabalha no levantamento das redes. || Remeiro que, na guíga, vai a frente dos outros. || (Aveiro) Um dos dois remos de barco de pesca (o que fica do lado da ré, com a pá para estibordo).
F. lat. Prora.
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