s. f. || peça oblonga e geralmente cilíndrica, feita de cortiça, de vidro, de louca, de plástico, etc, que se introduz na boca ou gargalo das garrafas, frascos, etc., para os tapar: Os copos tiniram, estalaram as rolhas. ( Eça e Ramalho , Mist. Estr. de Sintra , p. 108.) || (Chul.) Sujeito de má fama; traste, patife. || Pessoa manhosa. || O caso em que no jogo da bisca um dos parceiros faz só trinta pontos. || Cascos de rolhas 1. (pop.) lugar incerto, desconhecido ou muito distante; caixa-pregos, cafundó: Desterraram-no para cascos de rolhas. Escorregamos pelo arrampadoiro indo parar a grande fundura lá em cascos de rolha. (Aq. Ribeiro, Luz ao Longe, c. 11, p. 220, ed. 1949.) || Imposição de silêncio. || Censura. || Lei das rolhas 1. toda a lei que tem por fim tolher a manifestação do pensamento. || Levar uma rolha 1. fazer trinta pontos à justa no jogo da bisca. || Meter uma rolha na boca 1. (fig.), calar-se, remeter-se ao silêncio. || Meter (ou plantar) uma rolha na boca de alguém (fig.); fazer calar alguém, impor-lhe silêncio: Quiseram Ir logo por ai fora chocalhar, dar à língua. Só à custa do seu rico dinheirinho lhes plantara uma rolha na boca. (Sousa Costa, Ressurr. dos Mortos, c. 21, p. 307, 2ª ed.) || Tirar a rolha da boca 1. dizer inconveniências, ser descomedido no falar. || (gír.) Juízo, tino.
F. lat. Rotula.
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