s. f. || fúria repentina; acesso de loucura: Quando pela manhã a via arrebicar-se. . . mirar-se ao toucador. . . saia (Juliana) do quarto porque lhe vinham venetas de ódio, tinha medo de estourar! (Eça, Primo Basílio, c. 6, p. 271, ed. 1918.) || (P. ext.) Mania, tineta, capriche repentino, telha: Deu-me na veneta; ter veneta. Uma tarde, ao escurecer, encontrei-a no corredor. Agarrei-a com ambos os braços e enchi-lhe a boca de beijos para que não pudesse gritar. Foi uma veneta que me deu; perdi a cabeça. ( Alberto Pimentel , Açucena de Ouro , c. 7, p. 134, ed. 1925.) || Dar na veneta 1. (a alguém), vir à ideia sem mais aquela.
F. r. lat. Veneta.
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