s. m. || espécie de dobadoura em que se enrolam os fios das maçarocas para fazer meadas. [Consta ordinariamente de uma haste vertical assente sobre uma base plana. Ao meio da haste prende um eixo fixo em cuja extremidade livre encaixam uns como braços de moinhos, em que se enrola o fio. Todo o aparelho é de madeira.] || (Mecân.) Máquina que consta de uma peca de madeira cilíndrica, com barras ou raios nos extremos para a fazerem girar sobre os seus fulcros, e que movendo-se vai envolvendo em si a corda que sustenta o peso ou peça que se quer elevar. || (Milit.) Haste atravessada por outras em cruz e que serve de encosto das armas nos acampamentos. || (Gin.) Movimento rotativo do corpo em torno do trapézio. || Movimento rotativo. || Andar num sarilho 1. (pop.), andar numa roda viva. || Fazer sarilho com alguma arma ou pau, movê-lo rapidamente e em círculo para que o Inimigo não lhe chegue ou para lhe servir de barreira. || Ação de mover um pau ou arma rapidamente em volta para afastar os circunstantes: Num rompante de ira, abrindo brecha com um sarilho, de um pulo saltou à estrada, aos tropeções nas pedras que encontrava. (Trind. Coelho, Meus Amores, p. 45, ed. 1901.) || Encosto ou descanso de armas, em grupos de três; armas ensarilhadas: A paragem morta reanimou-se então, de súbito, cheia de tendas e barracas, armas em sarilhos. (Euclides da Cunha, Sertões, p. 540, ed. 1936.) || (Bras.) Pequena roda dentada, fixa ao eixo da roda de água, que transmite o movimento desta aos rodeies. || Espécie de jogo popular. || (Milit.) Pôr as armas em sarilho, ensarilhá-las. || (Fam.) Confusão, trapalhada, briga, barulho, maus lencóis. f. lat. Sericula (dobadoura).
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