s. f. || (ant.) mãe (nesta acepção usa-se ainda nas locuções Madre de Deus e Santa Madre Igreja): E vendo a cadela que se nom podia defender da madre e dos filhos... ( Livro de Esopo , p. 16.) || Nome dado comumente a todas as religiosas professas. || Nos conventos, título que se dá à religiosa professa que é ou que foi superiora (a madre tem o tratamento de reverendíssima.] || Regente, governanta ou diretora de um hospício, hospital ou recolhimento. || (Ant. e pop.) Útero, matriz. || (Arquit.) Uma ou mais vigas de madeira, que atravessam os edifícios horizontalmente, para sobre elas assentarem os barrotes e o soalho. || O mesmo que fieira (viga em que assentam as asnas dos telhados). || Vigas das pontes da madeira onde assentam os esteios. || (Constr. instrum. de mús.) Fio principal dos bordões em volta do qual se enrola a fieira. || (Náut.) Pau que atravessa a escotilha com seu encaixe para assentar nos quartéis dela. || O madeiro principal à roda do qual ou sobre o qual se entalham outros menores até perfazer o composto da grossura ou largura necessária para o objeto que se exige, como os mastros, o leme etc. || Madre do beque 1. o madeiro que prega na roda de proa, e sobre o qual está construído o beque. || Madre do cabrestante 1. o madeiro central dele, à roda do qual se entalham as mais peças, de que se compõe, e que forma o peão ferrado, sobre o qual se move a máquina. || Madre do leme 1. o madeiro prolongado pelo cadaste que forma a parte principal do safrão, onde se pregam os manchos e emenda a cana. || Madres dos mastros 1. as peças mais grossas de que eles se formam, quando não são feitos de um pau só. || Madre do rio 1. o espaço compreendido entre as suas margens; leito, álveo. || Madre de metais 1. a terra mineral, em que vêm misturados os metais quando se tiram das minas. || Madre do vinagre 1. ou do vinho, a borra, o pé, a parte mais grossa de qualquer destes líquidos, que assenta no fundo da vasilha. || Madre Celestina 1. V. celestina2. || (P. us.) Nascente de água.
F. alt. Mater.
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