s. m. || adormecimento, modorro ou relaxamento natural dos sentidos; cessação perlõdlca da attvidade orgânica. || (Fisiol.) Repouso periódico dos órgãos dos sentidos e do movimento, durante o qual o corpo repara as suas forças; cessação temporária da atividade própria dos sistemas dotados das propriedades da vida animal. || Vontade, necessidade ou desejo de dormir. || Estado da pessoa que dorme:... porque ceve de doce sino os membros trabalhados. (Camões.) || (Fig.) Estado de insensibilidade; cessação de ação; inércia: O que é a anistia? o esquecimento do passado, o sono das leis. ( J. Fr. Lisboa. ) || (Fig.) Repouso eterno, morte: Na vala o espera um leito onde dormirá um sono de milhares e biliões de anos. ( Camilo , Maria da Fonte , IV, p. 420, ed. 1885.) || Sono cheio 1. sono não interrompido. || Sono de chumbo 1. ou de pedra, sono profundo; adormecimento de que se não acorda com facilidade. || Sono eterno 1. sono do trespasse, sono da morte ou dos mortos, sono do túmulo, o último sono, sono do repouso, o estado de morte ou de pessoa morta; a morte: Invejo o sono dos mortos sob a laje carcomida. (Gonç. Dias.) || O sono do justo ou dos justos 1. o estado que se segue a uma morte serena e tranquila; a bem-aventurança. || (Fisiol.) Sono magnético. V. magnético. || Sono nervoso 1. (Fisiol.) o mesmo que hipnotismo. || Sono hibernal 1. (Zool.) estado de inação ou letargia que experimentam certos animais durante o inverno. || Sono estival 1. (Zool.) espécie de entorpecimento em que jazem certos reptis durante a estação calmosa. || Sono das plantas 1. (Bot.) espécie de contração que se manifesta em diversos órgãos das plantas, mormente nas folhas e flores, durante a obscuridade. || Meio sono 1. sonolência, sono leve ou agitado, ou interrompido de espaços a espaços. || Cair de sono 1. não se poder lamber ou não se poder ter com sono, cabecear com sono, ter uma vontade invencível de dormir. || Doença do sono 1. doença endêmica, estado mórbido produzido pelo Trypanosoma gambiense e difundido pela picada damosca tsé-tsé, peculiar à raça negra, produzida pela picada caracterizado por um sopor profundo, a que se segue quase sempre a morte. Também lhe chamam tripanossomíase africana, ou do Congo, nicto (p. us.), malanemia e, em algumas regiões da África, langoia e pedra escrófula. || Dormir o sono do esquecimento, estar ou ficar no olvido. || Dormir a sono solto. V. solto. || Dormir o sono da inocência, dormir tranquilamente, serenamente. || Entregar-se ao sono 1. dormir; deixar-se adormecer. || Pegar no sono 1. começar a dormir, adormecer. || Perder o sono. V. perder. || Ter o sono leve ou pesado 1. acordar ou não acordar facilmente.
F. lat. Somnus.
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