s. f. || (anat.) a cavidade formada pela laringe; parte anterior do colo por onde os alimentos passam da boca para o estômago: Pagas mal, disse ele com a voz presa na garganta, os riscos que tenho corrido. ( Herc. ) Atafulhando para a garganta dois cibos de broa e uma dentada de queijo. . . (Aq. Ribeiro, Servo de Deus, p. 119, 2ª ed.) || Colo; parte anterior do pescoço no homem e nos animais. Pescoço. || (Hip.) A porção superior e mais grossa da goela do cavalo. || Rolete ou gomo da cana-de-açúcar. || Entrada, abertura mais ou menos estreita de certas coisas: A garganta de um rio. || (Geogr.) Passagem estreita e apertada entre duas montanhas; estreito; desfiladeiro: Embrenhou-se nas gargantas da serra. ( Camilo. ) || (Arquit.) Moldura reentrante mais larga e menos profunda que a escócia; papo-de-rola. || (Constr.) Rebôco circular interior por detrás do pano da chaminé. || Parte superior do candeeiro, lâmpada ou lanterna. || A parte posterior do timão do arado e que se fira ao dente pelo teiró e cunha. || (Bras.) (pop.) Gabolice, fanfarrice. || (Port.) (gír.) Garrafa. || Garganta do estai 1. (Náut.) o lugar onde o chicote dele determina a encapeladura. || Garganta do mastro 1. (Náut.) ou do mastaréu, a parte mais delgada junto à romã. || Ter boa garganta 1. ter boa voz. || Cantar da garganta 1. cantar fechando a garganta com esforço. [Também se diz no mesmo sentido: voz de garganta.] || Estar com a corda na garganta 1. . V. corda. || (Bras.) (pop.) Molhar a garganta, beber (bebida alcoólica). || Ter um nó na garganta 1. não poder falar por qualquer motivo físico ou moral. || Ter uma espinha na garganta 1. . V. espinha. || Ter uma injúria, uma ofensa, uma ingratidão, etc, atravessada na garganta, não se poder esquecer dela. || Ter alguma pessoa atravessada na garganta 1. . V. atravessado. || -, pl. (poét.) fauces, sumidouro, tragadouro. || --, adj. e s. m. e f. (Bras.) (pop.) gabarolas; fanfarrão; mentiroso; conversa-fiada.
F. rad. onomatopaico Garg.
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