- Capa
- 01. Fonética e Fonologia
- 02. Ortografia
- 03. Classe, estrutura, formação e significação das palavras
- 04. Derivação e composição
- 05. A oração e seus termos
- 06. Substantivo
- 07. Artigo
- 08. Adjetivo
- 09. Pronomes
- 10. Numerais
-
11. Verbo
- 11.01 Noções Preliminares
- 11.02 Flexões do Verbo
- 11.03 Classificação do Verbo
- 11.04 Conjugações
- 11.05 Tempos Simples
- 11.06 Verbos Auxiliares e o seu Emprego
- 11.07 Conjugação dos Verbos ter, haver, ser e estar
- 11.08 Formação dos Tempos Compostos
- 11.09 Conjugação dos Verbos Irregulares
- 11.10 Verbos de Particípio Irregular
- 11.11 Verbos Abundantes
- 11.12 Verbos Impessoais, Unipessoais e Defectivos
- 11.13 Sintaxe dos Modos e dos Tempos
- 11.14 Concordância Verbal
- 11.15 Regência
- 11.16 Sintaxe do Verbo haver
- 12. Advérbio
- 13. Preposição
- 14. Conjunção
- 15. Interjeição
- 16. O período e sua construção
- 17. Figuras de estilo
- 18. Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre
- 19. Pontuação
- 20. Noções de versificação
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01.01 Som e Fonema
Nem todos os sons que pronunciamos em português têm o mesmo valor no funcionamento da nossa língua.
Alguns servem para diferenciar vocábulos que no mais se identificam.
Por exemplo, em:
erro /ê/ | almoço /ô/ | (substantivos) |
erro /é/ | almoço /ó/ | (verbos) |
Na série:
cato | pato | tato | chato |
gato | bato | dato | jato |
Todo som capaz de estabelecer uma distinção de significado entre dois vocábulos de uma língua é a realização física de um fonema.
São, pois, fonemas, as vogais e as consoantes, diferenciadores dos vocábulos antes mencionados.
Fonema e variante
Na produção da fala, o mesmo fonema costuma realizar-se com múltiplas variações que não impedem a identificação da palavra em que aparecem, podendo essas variações serem de natureza individual, social, regional ou contextual.
Aos vários sons que realizam um mesmo fonema dá-se o nome de variantes ou alofones.
Ninguém ignora, por exemplo, que o /l/ final de sílaba é no Brasil muito instável. Num vocábulo como animal podemos ouvir a consoante em matizadas articulações que vão desde a característica maneira gaúcha até a forma identificada à semivogal [w], de vastas regiões do país, sem falarmos na sua frequente perda, em áreas do interior.
Por outro lado, se compararmos, por exemplo, os vocábulos
tia | toa | tua |
/i/ | /o/ | /u/ |
Se, no entanto, observarmos com atenção a pronúncia da consoante na forma tia, de um lado, e em toa e tua, de outro, percebemos que o /t/ da primeira é emitido, na pronúncia do Rio de Janeiro, como [tch], à semelhança do som inicial do vocábulo tcheco, por influência da vogal /i/.
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