- Capa
- 01. Fonética e Fonologia
- 02. Ortografia
- 03. Classe, estrutura, formação e significação das palavras
- 04. Derivação e composição
- 05. A oração e seus termos
- 06. Substantivo
- 07. Artigo
- 08. Adjetivo
- 09. Pronomes
- 10. Numerais
-
11. Verbo
- 11.01 Noções Preliminares
- 11.02 Flexões do Verbo
- 11.03 Classificação do Verbo
- 11.04 Conjugações
- 11.05 Tempos Simples
- 11.06 Verbos Auxiliares e o seu Emprego
- 11.07 Conjugação dos Verbos ter, haver, ser e estar
- 11.08 Formação dos Tempos Compostos
- 11.09 Conjugação dos Verbos Irregulares
- 11.10 Verbos de Particípio Irregular
- 11.11 Verbos Abundantes
- 11.12 Verbos Impessoais, Unipessoais e Defectivos
- 11.13 Sintaxe dos Modos e dos Tempos
- 11.14 Concordância Verbal
- 11.15 Regência
- 11.16 Sintaxe do Verbo haver
- 12. Advérbio
- 13. Preposição
- 14. Conjunção
- 15. Interjeição
- 16. O período e sua construção
- 17. Figuras de estilo
- 18. Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre
- 19. Pontuação
- 20. Noções de versificação
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01 Fonética e Fonologia
Os sons da fala
Os sons da fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões.
Para a sua produção, três condições se fazem necessárias:
- a) a corrente de ar;
- b) um obstáculo encontrado por essa corrente de ar;
- c) uma caixa de ressonância.
Estas condições são criadas pelos órgãos da fala, denominados, em seu conjunto, aparelho fonador.
O aparelho fonador
É constituído das seguintes partes:
- a) os pulmões, os brônquios e a traqueia órgãos respiratórios que fornecem a corrente de ar, matéria-prima da fonação;
- b) a laringe, onde se localizam as cordas vocais, que produzem a energia sonora utilizada na fala;
- c) as cavidades supralaríngeas (faringe, boca, fossas nasais e lábios), que funcionam como caixas de ressonância, sendo que as cavidades bucal e faríngea podem variar profundamente de forma e de volume, graças aos movimentos dos órgãos ativos, sobretudo da língua, que, de tão importante na fonação, se tornou sinônimo de "idioma".
Funcionamento do aparelho fonador
O ar expelido dos pulmões, por via dos brônquios, penetra na traqueia e chega à laringe, onde, ao atravessar a glote, costuma encontrar o primeiro obstáculo à sua passagem.
A glote, que fica na altura do chamado pomo de adão ou gogó, é a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, conhecidas pelo nome de cordas vocais. O fluxo de ar pode encontrá-la fechada ou aberta, em virtude de estarem aproximados ou afastados os bordos das cordas vocais. No primeiro caso, o ar força a passagem através das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir o som musical característico das articulações sonoras. No segundo caso, relaxadas as cordas vocais, o ar escapa sem vibrações laríngeas, produzindo as articulações denominadas surdas.
A distinção entre sonora e surda pode ser claramente percebida na pronúncia de duas consoantes que no mais se identificam. Assim:
/ b / [= sonoro] bato / p / [= surdo] patoAo sair da laringe, a corrente expiratória entra na cavidade faríngea, que termina em uma encruzilhada, oferecendo duas vias de acesso ao exterior: o canal bucal e o nasal. Suspenso no entrecruzar desses dois canais fica o véu palatino, que termina na úvula. Estes, dotados de mobilidade, são capazes de obstruir ou não o ingresso do ar na cavidade nasal e, consequentemente, de determinar a natureza oral ou nasal de um som.
Quando levantado, o véu palatino cola-se à parede posterior da faringe, deixando livre apenas o conduto bucal. As articulações assim obtidas denominam-se orais (adjetivo derivado do latim os, oris, "a boca"). Quando abaixado, o véu palatino deixa ambas as passagens livres. A corrente expiratória então se divide, e uma parte dela escoa pelas fossas nasais, onde adquire a ressonância característica das articulações chamadas nasais. Compare-se, por exemplo, a pronúncia das vogais:
/ a / [= oral] mato / ã / [= nasal] manto
Aparelho fonador (a laringe e as cavidades supralaríngeas)
É, porém, na cavidade bucal que se produzem os movimentos fonadores mais variados, graças, sobretudo, à grande mobilidade da língua e dos lábios.
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